quinta-feira, 16 de julho de 2009

Efraim pede auditoria nos contratos do Senado

O senador Efraim Morais (DEM-PB) anunciou nesta terça-feira (14), em Plenário, que irá encaminhar ofício ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando auditoria em todos os contratos realizados pelo Senado desde 2003. A medida, observou, é uma resposta a denúncia publicada na edição desta semana da revista Isto É, segundo a qual Efraim teria recebido comissão de até 30% para que empresas fossem incluídas como fornecedoras do Senado.- Não vou fazer defesa porque não há como refutar o que não existiu - afirmou.O parlamentar leu declaração do servidor do Senado, Aloysio de Brito Vieira, ex-presidente da Comissão de Licitação da Casa, na qual ele nega irregularidades em processos de licitação e afirma desconhecer "fato que desabone ética ou moralmente a atuação parlamentar ou pessoal" dos senadores citados pela revista, entre os quais Efraim.O senador pela Paraíba também contestou matéria do jornal Correio Braziliense, que teria divulgado informações incorretas sobre a Operação Mão-de-Obra, da Polícia Federal.- Começou pelo Correio Braziliense. Cento e poucos dias de manchete e fotografia sem repercussão em outro jornal ou televisão, em nenhum meio de comunicação. E agora, a revista Isto É requentando a matéria, matéria montada com o objetivo de atingir esse senador - protestou.Efraim ressaltou ainda que, em relação à Operação Mão-de-Obra, tanto o juiz federal que deferiu o monitoramento telefônico dos supostos envolvidos, quanto o procurador do Ministério Público que remeteu os autos à Procuradoria da República do Distrito Federal, julgaram não haver envolvimento de senadores e, portanto, ser desnecessário o envio dos documentos à Procuradoria Geral da República. O senador leu comunicação de setembro de 2008 do MP do Distrito Federal, segundo a qual nenhum senador era investigado no processo resultante da operação.Efraim afirmou também que, em 2008, encaminhou oficio à Polícia Federal solicitando a abertura de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, tendo em vista a ação penal do Ministério Público referente à Operação Mão-de-Obra, atitude que, segundo ele, "muitos homens públicos não teriam coragem de fazer".ApoioEfraim solicitou formalmente ao líder do Democratas, José Agripino (RN), que protocole pedido ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União solicitando auditoria nos contratos do Senado. Em resposta, Agripino parabenizou Efraim pelo pronunciamento e anunciou que o partido subscreverá o ofício ao MPF e ao TCU, para que não restem dúvidas sobre as investigações. Afirmou que o documento será examinado pela bancada e "servirá de reparo à sua imagem de homem público do Brasil e da Paraíba".
Assessoria

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